11.5.14

Domingo na Santa Maria

Santa Maria no domingo, sempre a mesma história que já quase poso prever. O momento de auge: a praia de Sta. Maria, a Laginha salense. Tudos realizamos o mesmo percurso, o mesmo bai e bem  desde a areia até o mar e desde o mar até a areia; a mesma oscilação entre onda e onda. Sempre as mesmas caras observando o mesmo quadro. Nada de excitante. Nada de preocupante.


E neste lapso que parece atemporal mas que não desejo que chegue ao fim, reflecto acerca do meu estado interior, acerca de aquel esquecido sentimento que tenho medo de lembrar com demasiada intensidade.

É difícil esquecer quando alguém tem penetrado os teus pensamentos e a tua vontade de manera tão estridente. Quando o futuro é só uma hipótese, uma certeza de dor durante a espera e a possiblididade de mais dor ao final da mesma, esquecer é quase tudo o que queda.

A lealtade ao amor é uma força de um jeito especial que capacita ao mais fraco afrentar as mais árduas tarefas. É acreditar em outro alguém diferente a nós, amá-lo mais do que a nós, e virar o sentido da nossa vida.

E, dados os fatos, que é a grande dúvida, o grande dor, e o grande amor, de qualquer das maneiras e com qualquer das escolhas, não vou conseguir te tirar da minha cabeça. A questão, agora, é se desejo criar expectativas, ou se posso parar de criá-las.