Hoje vou-te falar do amor.
O amor é um assunto que não gosto muito de falar.
Falo, sim, e bastante, das relações interpessoais. Das variadas idéias que os
outros têm do amor; da multiplicidade de formas nas que este é materializado,
das paranoias individuais que se ocultam trás da poderosa paravra amor.
Mas não gosto falar do próprio amor, do que é que
ele significa. As vezes me desculpo afirmando que não acredito no amor. Aliás, o
amor no qual acredito é tão idealista que não acredito que seja possível.
Sempre há influências, interferências, medos e inseguridades, expectativas. Não
há um amor livre, senão condicionado. E, para mim, a única forma na que o amor
poder ser verdadeiro é na plena libertade.
Não quero falar disso porquê me irrita pensar que
nunca vou a encontrar o tal Amor. O,
ainda pior, que ele já chegou na minha vida e eu não soube agir como devia.
Amor, amor, amor. Até soa estranho... Ele é só o
conceito, o intangível.
Amar é a sua manifestação.
É aquelo que podemos controlar, mas que
responde a um sentimento que não se pode controlar. Como se faze?